Candida spp. E RESISTÊNCIA FÚNGICA:
UMA BREVE REVISÃO
Resumo
O aumento das infecções fúngicas tem sido considerado um problema de saúde pública visto que atingem grande parte da população hospitalizada, levando a um maior tempo de permanência hospitalar, maior mortalidade e maior custo. As candidemias são as infecções nasocomiais mais frequentes a nível mundial. No Brasil, entre as espécies não-albicans a C. parapsilosis e a C. tropicalis são as mais frequentemente isoladas em âmbito hospitalar. A capacidade do fungo de realizar troca fenotípica, formar biofilme, assimilar nutrientes e responder ao estresse gerado pelo hospedeiro irá ditar o rumo da infecção. Outro fator primordial na virulência é a resistência aos antifúngicos. Como atualmente existem poucas classes de antifúngicos a busca por novos fármacos e novas formas terapêuticas é uma preocupação da comunidade científica. Nesta perspectiva, esta pesquisa revisar as publicações dos últimos anos a cerca da resistência fúngica do grupo Candida spp. Observou-se que a resistência a antimicrobianos tem sido evidenciada nas últimas décadas devido ao aumento de sua incidência, levando a um problema global de saúde pública. O gênero Candida, devido à sua plasticidade, possui uma grande capacidade de desenvolver resistência aos antifúngicos. Fatores como o longo tempo de tratamento, a formação de biofilme, a mutação ou superexpressão de enzimas alvo dos fármacos e a ativação dos genes que codificam as bombas de efluxo de fármacos da ATP Binding Cassette contribuem para o aumento da resistência antifúngica. Devido a esta crescente resistência à antifúngicos novos alvos terapêuticos têm sido estudados e variadas matrizes naturais com propriedades antifúngicas, antibacterianas e anti-inflamatórias têm surgido, podendo assim desenvolverem novos medicamentos.
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ISSN 2966-005X